sexta-feira, 30 de abril de 2010

A caravana dos extremos, parte final

Enfim, o Barreiro. Território do Bar do Zezé e do Bar do Ferreira, agora o bairro conta com mais um boteco divulgado pelo CdB: o Bar do Rei.


Ambiente simples, recentemente ampliado e reformado exclusivamente em função da inclusão da casa no evento, o que é muito comum de acontecer. Na semana em que o CdB começou, não eram poucos os bares que estavam passando por reformas de última hora - não me refiro somente a novatos. Ampliações, melhorias, novos banheiros... Tudo para estrear "tinindo".

Ao longo da noite, a turma da caravana se habituou a classificar os bares desta edição como os que encararam e os que não encararam o problema de frente. Com o tempo, percebemos a necessidade de criar uma categoria intermediária, o que tornou as classificações mais justas. Nesse aspecto, todos concordaram que o "Jiló e companhia" foi o melhor exemplo de petisco corajoso:


Simplesmente jilós inteiros, recheados com mix de carnes (moída, linguiça e bacon), empanados e fritos. Servidos com batata bolinha frita e salada de legumes em conserva feitos no próprio local. Quer você goste ou não, é preciso admitir: o pessoal do Bar do Rei encarou o problema de frente. E para mostrar que a turma da cozinha não estava de brincadeira, nos serviram ainda um vinagrete de jiló:


Duas receitas para quem é duro na queda e um fechamento digno de quem busca por extremos.

A caravana dos extremos, parte 4

Chegamos então, ao penúltimo bar da noite, o Curin, no Santa Mônica, onde há regras de convivência muito claras:


O primeiro aspecto a me chamar a atenção, além da simpatia do dono, Curin, foi ...


... o fato de a cozinha estar quase que totalmente integrada ao ambiente, sem maiores divisórias:


Não se trata de modelo arquitetônico dos mais fáceis de ver, em se tratando de bar. Curioso. De repente chega a primeira parte do petisco concorrente deste ano: jiló empanado com parmesão e frito.


Acredite: independente da quantidade que vier no prato, será pouco. Foi um dos melhores jilós do CdB que comi este ano. O amargor estava lá, o fritura ficou sequinha e o parmesão deu toque extra de sabor. Delicioso! Tão bom que torna o patê de atum no centro do prato absolutamnte dispensável. Esses jilós acabaram roubando a cena e desbancando o tira-gosto em si, o Muê lá no Curin Bar:


Moela, linguiça e azeitona em creme de milho, porção servida numa panelinha de pedra, como é hábito no bar. O creme de milho, na verdade, lembra mais uma canjiquinha do que um creme de milho, se pensarmos naquele que é batido e cremoso. Não preciso nem dizer que a maionese em cima também é dispensável, né?

Última parada: Bar do Rei, no Barreiro.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A caravana dos extremos, parte 3

E então, o ponto alto da noite:


Não deu para ver direito? Que tal assim:


Essa é uma das melhores costelinhas que já comi nos botequins de BH. É o ingrediente principal do "Abafo", petisco concorrente do Adega & Churrasco, no Palmares. Costelinha suína assada no bafo e servida com jiló acebolado na manteiga de garrafa, farofa com bacon e pimenta biquinho. Um absurdo de bom! A carne estava saborosa, suculenta, avermelhada por fora e extremamente macia. Uma coisa. O jiló conservou seu esperado amargor e se mostrou "entrosado" com a cebola e a manteiga de garrafa. Vale a pena conferir. A "puxada" na manteiga de garrafa é feita à parte, no maior capricho:


Quem vê essa multidão tomando a rua talvez não desconfie que o bar começou não como bar, mas como ponto de venda de bebidas e carnes para levar. Não havia nem freguês encostado no balcão. Agora me parece uma verdadeira potência...


Agora, Curin, no Santa Mônica.

A caravana dos extremos, parte 2

Do Bombar, no Luxemburgo, fomos para o Esplanada, bairro da agradável Churrascaria do Itamar. Vejam que quintal...


Mal dá para desconfiar do quão agradável é o lugar se julgarmos só por uma passada rápida pelo lado de fora ou de carro:


Eis o coração da casa, a área de churrasqueiras (reparem na placa presa ao teto):


Quadro de preços à moda antiga, do jeito que a gente gosta...


Fale a verdade: há quanto tempo você não via uma cadeira das antigas como essa lá no fundo?


E vamos ao petisco concorrente, a "Carne grelhada à jilozete":


Traduzindo: contrafilé grelhado (alô, pessoal, contrafilé não é filé mignon, mas cuidado para não deixar ficar duro) com vinagrete de jiló (azeitona, cogumelo em conserva etc e tal) e molho de maionese com mostarda e pimenta rosa.

Comida no papinho, pé no caminho! Adega & Churrasco, lá vamos nós!

A caravana dos extremos, parte 1

Sexta passada foi publicada matéria minha no caderno Divirta-se sobre bares que participam do Comida di Buteco e estão localizados em bairros mais afastados da região central da cidade - ou "nas pontas de BH", para usar a expressão mais diplomática criada pelo organizador do evento, Eduardo Maya. Havíamos conversado sobre essa ideia na caravana de botecos que fizemos dias antes do início do CdB, ele achou interessante e ajudou a organizar um roteiro (com van e tudo mais). Nos encontramos no Bombar (Luxemburgo) e de lá seguimos para a Churrascaria do Itamar (Esplanada), Adega & Churrasco (Palmares), Curin (Santa Mônica) e, por fim, Bar do Rei (Barreiro). Como é foto e informação que não acaba mais, vou postar um local de cada vez, em sequência. Começamos pelo Bombar:


Mesas na calçada, ambiente agradável. Do lado de dentro ficam vários objetos e imagens característicos dos anos 80. Muito legal. Quem não se lembra desse robozinho no alto da prateleira?


Dizem que esse ferrorama grudado no teto funciona:


Fui conhecer a cozinha. Um brinco! Branquinha, limpa, organizada. Parabéns para a equipe e para a dona do bar, Maria Paturle:


Foi na hora em que estava lá que vi o capricho na apresentação do petisco concorrente. Se chama "Marmita da Copa". Vejam só:


Uma marmita! Mandaram fazer paninho estilizado para embrulhar e tudo mais! Até agora, a apresentação mais criativa que vi nesta edição. Aberto na mesa, o petisco se revela:


Carne cozida com cerveja preta e minicebolas (muito boa), pão de jiló (não esperem sabor pronunciado) e minibatatas com alho assado (deliciosas, roubaram a cena!). O capricho da casa é tanto que o pessoal fez até camisas estilo seleção brasileira para os garçons:



Ah, também tinha uma charmosa chaleira com batidinha de limão e cachaça:


Conferido e aprovado! Próxima parada, Churrascaria do Itamar, no Esplanada!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Bistronomia ou só um menu degustação?

Se o chef do D'Istinto, Wilson Gonzaga, chama isso de bistronomia ou se é simplesmente um menu degustação, não sei. Cabe a ele responder, mas a julgar pelo preço (R$ 61, por pessoa) desse jantar de cinco etapas que vai oferecer nas noites de amanhã e quinta-feira, dias 28 e 29, me parece que está sintonizado nessa tendência de praticar o que podemos chamar de "alta cozinha low cost", expressão que li agora há pouco na Time Out portuguesa.

Vejam só (cliquem na imagem para ampliá-la):


Não sei se semana que vem ou mês que vem Wilson vai repetir a dose no D'Istinto. E por falar nisso, o restaurante Benvindo, do chef Paulo Vasconcellos, segue esta semana com seus três dias (hoje, amanhã e quinta, à noite) de bistronomia: são duas opções de menu individual com quatro etapas, um a R$ 48 e outro a R$ 52. Noticiei aqui no blog quando ele começou, há duas semanas. É sempre de terça a quinta, toda semana. Os menus desta são os seguintes:

Menu 1
Entrada: Ovo perfeito com quinoa crocante (ovo caipira fresco cozido a baixa temperatura com quinoa crocante);
Primeiro prato: Aligot (purê à base de batata e queijos gruyère e minas);
Prato principal: Costelinha ao missô (costelinha suína marinada em pasta de soja fermentada e acompanhada por arroz japonês com gergelim e molho curry);
Sobremesa: Cestinha de goiaba com calda quente de requeijão (cestinha crocante de massa harumaki com goiaba "Querença" e calda quente de requeijão artesanal)
R$ 48

Menu 2:
Entrada: Tapioca com siri gratinado (disco de beiju de tapioca com sirigratinado);
Primeiro prato: Aligot (purê à base de batata e queijos gruyère e minas);
Prato principal: Pargo com farofa de camarão e molho de pitanga (pargo com farofa de farinha de milho e camarão e banana grelhada ao molho de pitanga);
Sobremesa: Cestinha de goiaba com calda quente de requeijão (cestinha crocante de massa harumaki com goiaba "Querença" e calda quente de requeijão artesanal)
R$ 52

Parece que essa onda low cost está começando a pegar por aqui. Tomara!

Desculpem pelo atraso, mas...

Sei que devo ser o último a saber disso em todo o Cone Sul, mas acho que vale o registro: o Pizza Sur tem rodízio de pizza e empanada. Por R$ 20,90 (por pessoa), eles servem cerca de 30 sabores de pizza e sete de empanada. Como são fatias finas e pequenas, me explicou o garçom, cada pessoa consegue experimentar, em média, 15 sabores da redonda. Às segundas (unidade Praça da Liberdade), terças (Cruzeiro) e quartas (Savassi), sempre de 18h30 às 23h.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saiu!

Foi divulgada agora há pouco a lista anual dos 50 melhores restaurantes do mundo, feita pela revista britânica Restaurant. Para encurtar a conversa:

- Ferran Adrià, que há quatro edições ocupava a 1ª posição com seu elBulli, desceu para a segunda. Desta vez foi eleito o chef da década;
- Encabeça a lista deste ano o dinamarquês Noma, considerado também o melhor da Europa. Ano passado ele estava em 3º;
- Alex Atala, que conquistou a 24ª colocação ano passado com o D.O.M., avançou para a 18ª. Foi considerado o melhor restaurante da América do Sul. Não há nenhum outro brasileiro entre esses 50 restaurantes;
- A maior arrancada foi do norte-americano Daniel, agora em 8º, depois de pular 33 lugares;
- A maior queda foi do inglês St. John: caiu 29 posições e agora está em 43º;
- Entre os 10 primeiros colocados estão quatro espanhóis (elBulli, El Celler de Can Roca, Mugaritz e Arzak) e três norte-americanos (Alinea, Daniel e Per Se)

Barbada da semana

Sempre que posso, ando a pé. Principalmente quando volto para o jornal depois de alguma reportagem na rua. Não é só porque é agradável ou saudável, mas também porque são nessas caminhadas que descubro novos lugares, fico sabendo de eventos, encontro conhecidos, conheço produtos e, claro, surgem barbadas. Afinal, como fazer bom jornalismo sem gastar sola de sapato? Pois então.

A desta semana encontrei assim. Resolvi entrar no shopping 5ª Avenida (rua Alagoas, na Savassi) e, por acaso, fui parar na pequena livraria Letraviva, no cantinho do último andar. Especializada em títulos em língua estrangeira, a loja tem pequenina seção (alguns palmos de uma prateleira, na verdade) dedicada a gastronomia.

Lá encontrei barbadas. Bons livros de receita temáticos (tapas, wok, assados, cozinha mediterrânea, vegetariana, tailandesa, indiana, chinesa, espanhola, latino-americana etc) a R$ 30, R$ 40 - a maioria em espanhol e inglês e alguns em português de Portugal. Outros títulos estavam fisicamente um pouco desgastados (nada que comprometa) e, por isso, tiveram preço reduzido: vi por lá um sobre batatas (em espanhol) e outro sobre chocolate (em inglês), ambos interessantes.

Me lembro de ter visitado essa loja pela última vez há uns dois anos e ter visto um (muito sedutor) livrinho de referência sobre embutidos espanhóis (em espanhol). Qual era o preço na época, não sei, só sei que era salgado. Acabei não comprando e quase não acreditei quando o reencontrei lá! Porém, agora me saiu por inacreditáveis R$ 27! Já está lá na minha estante. Um milagre...

Por ainda menos (R$ 10!), estava sendo vendido um pequeno (e antigo, tipo década de 1980) volume sobre restaurantes estrelados parisienses, com descrição e três receitas (entrada, prato principal e sobremesa de cada estabelecimento) de cada. Ainda deve estar lá a espera de comprador.

A oferta é pequena, mas vale a pena garimpar.

O cardápio de Claude Troisgros em BH

Como este blog já havia informado em março, o chef francês Claude Troisgros voltará a BH (esteve aqui ano passado com a mesma finalidade) para comandar duas noites de festival no restaurante Gomide. Agora repasso nesse post o cardápio dele para a ocasião, que acaba de me chegar às mãos:

- Ovos mexidos com caviar frito
- Mil folhas de palmito pupunha, ceviche de vieira, musse de hadoque e ovas de salmão
- Robalo em crosta de quinoa e tomate confit
- Peito de pato com purê de maracujá e endívias caramelizadas
- Flã de queijo coalho trufado
- Crepe passion

Dias 25 e 26 de maio, ok?

domingo, 25 de abril de 2010

Dois óbitos

Hoje de manhã constatei que:

- A sorveteria La Basque, na Rua Paraíba, foi fechada - já tem aviso de "aluga-se" na porta, inclusive;
- Ali perto, na avenida Getúlio Vargas, ao lado da cervejaria Devassa, o Surubim na Brasa dará lugar ao Boi no Rolete, segundo informa uma faixa provisória na entrada

sábado, 24 de abril de 2010

Minas Gerais dos movimentos

Depois do Viva Mesa, vem aí mais um movimento liderado por chefs e cabeças da gastronomia mineira. Trata-se da Conspiração Gastronômica, oscip (organização da sociedade civil de interesse público) criada por Eduardo Avelar (Sabores de Minas), Eduardo Maya (Comida di Buteco) e Ralph Justino (Festival de Gastronomia de Tiradentes). O objetivo é estimular o desenvolvimento de uma moderna cozinha mineira, valorizar os produtos regionais e promover o turismo gastronômico no estado. O lançamento será na semana que vem, quando será realizada feira e fórum no Espaço 104 (Praça Rui Barbosa, 104, Centro), em BH, entre os dias 27 e 30. Na programação, palestras interessantes, mostra de produtos de origem e shows. Como sou mediador de uma mesa logo na terça-feira, primeiro dia do evento, tomo a liberdade de convidá-los para participar conosco. Cliquem na imagem abaixo para ampliá-la.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais uma do "Sr. Festival"

Gabriel Carvalho, chef do restaurante italiano Sapore d'Italia (Rua Mestre Luiz, 64, São Pedro, 31 3227-4585), adora festivais gastronômicos temáticos. Ao longo do ano, realiza edições para celebrar frutos do mar, camarões, cordeiro etc. Agora é a vez do risoto. É o primeiro evento do gênero que promove este ano. Começou esta semana e vai até dia 15 do mês que vem. Você paga R$ 54 (às terças e quartas) ou R$ 64 (de quinta a domingo) e come a seguinte sequência de pratos:

Entradas
Bruschetta ao mlho de tomate e crocante da Sardenha (feito com pães de massa fina)

Risotos
De filezinhos de lagostim
De cogumelos frescos mistos
De camarões e aspargos verdes frescos
De parmesão trufado com filé em crosta de alecrim
Com ragu de cordeiro

Sobremesa
Tiramisù

Durante o festival, novos risotos poderão ser acrescentados, dependendo do que o chef encontrar por aí de mais fresco. Outra coisa: é possível levar o próprio vinho de casa e pagar apenas uma taxa de R$ 3 por uso de cada taça. Muito melhor do que pagar R$ 40, R$ 50 de rolha, não acham?

Chile, vinho e terremoto



Vejam como é interessante (e dinâmico) o jornalismo: em fevereiro fui convidado para participar de degustação de vinhos com o produtor chileno Hugo Casanova na Casa Rio Verde, destinada a jornalistas e formadores de opinião. Com o terremoto que sacudiu o país dele dia 27, o evento foi adiado. Remarcada a degustação para este mês, ele se preparou para vir a BH não apenas falar dos seus rótulos, mas também dos efeitos da tragédia no cenário do vinho no Chile. Tudo muda.

Porém, para sorte dele, o terremoto não afetou sua vinícola, a Casanova, que fica no vale de Maule - ainda assim uma das regiões mais castigadas pelos tremores. Muita sorte mesmo. A associação de produtores Vinos de Chile estima que os prejuízos para o setor representam algo em torno de US$ 250 milhões. Para se ter uma ideia, cerca de 125 milhões de litros de vinho foram perdidos...

Hugo mostrou fotos realmente impressionantes das consequências do terremoto. Tanques de aço inoxidável, por exemplo, ficaram com aspecto de uma latinha de cerveja amassada. Em alguns locais, contou, formou-se uma corredeira de um palmo de altura de vinho correndo para o ralo - literalmente. As paredes da bodega dele tiverem apenas algumas fissuras, que foram facilmente reparadas.

A maior parte dos tanques usados pelo Chile vem da Europa, continente onde não há terremoto (falei bobagem?). Em vista disso, os hermanos já estudam maneiras de tornar seus tanques mais resistentes. Já os vinhedos, garante, praticamente não foram muito afetados. As parreiras apenas balançaram, sem maiores consequências.

O epicentro dos tremores foi identificado ao sul da região do Maule: de acordo com Hugo, é a principal do país, respondendo por cerca de 50% dos 800 a 900 milhões de litros produzidos anualmente no Chile. Ele afirma que os produtores não querem alterar preços por causa da tragédia, mas prevê algum tipo de aumento a curto ou médio, principalmente por parte das vinícolas afetadas, é lógico.

Bom, antes de falar dos vinhos degustados, vamos a algumas informações que peguei lá:
- Brasil e Venezuela são os principais compradores de vinho chileno na América do Sul;
- Levando em consideração o mundo todo, os principais clientes dos produtores chilenos são Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Holanda e Dinamarca;
- Em geral, a postura adotada pelos produtores do Chile ao vender para o exterior é a de focar mais na qualidade do vinho em si do que naquela ideia de "bom, bonito e barato";
- "Chile é grande produtor, mas não tão grande país de consumidores de vinho". Palavras do próprio Hugo Casanova;
- A média de consumo de vinho no país dele já foi de 30 a 40 litros por ano e per capita. Hoje a média é de 13 litros

Os vinhos, então. Não havia degustado ainda nenhum dos rótulos da Casanova. Se reveleram uma grata surpresa. A maioria de boa relação custo/benefício. O primeiro foi um chardonnay reserva (R$ 33), amarelo pálido, com mel na boca e, no nariz, casca de laranja e abacaxi. Bem leve e com pouca madeira. O rosê (R$ 22) é elaborado com cabernet sauvignon e tem notas de frutas frescas. Já o carménère (R$ 32,85), um dos que mais me agradou, apresenta especiarias, frutas vermelhas e couro. Por fim, provei o cabernet sauvignon premium da vinícola, identificado pela linha Don Aldo (R$ 63,90), realmente o ponto alto da degustação: elegante, ameixa bem madura, taninos macios e fácil de beber.

Ficam aqui as dicas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Utilidade pública

É da maior utilidade a cotação de preços de barril de 50l de chope que as simpáticas moças da Confraria Feminina de Cerveja fizeram no mercado belo-horizontino. Com nome da marca, preço e telefone. Coisa de profissional.

Varanda undergound



Semana passada escrevi no caderno Divirta-se sobre o Arcangelo, misto de bar e café com certo clima underground aberto recentemente no segundo andar do edifício Maletta, no Centro de BH. Pouco depois de comunicar sua existência aqui no blog, fui até lá para conhecer o local, os proprietários e fazer a reportagem. Foi uma visita mais para conversar e ver o lugar mesmo, durando menos tempo do que a casa merece, com seus quitutes caseiros, vista privilegiada da rua da Bahia e ambiente descolado. Deu tempo de experimentar três alfajores e tomar um bom expresso tirado pelo proprietário, o escultor argentino Santiago Calonga. Ficou um gostinho de quero mais...


Acho realmente um privilégio ter um lugar como esse e com uma vista dessa no Centro para poder tomar um bom café ou uma cerveja enquanto se joga conversa fora. Pouco a pouco, lugares bacanas como o Arcangelo estão sendo abertos por lá, o que é ótimo, pois sinaliza algum desejo de que a região volte a ser um bom lugar para se frequentar por lazer. Por enquanto, as novidades quase sempre são bares ou cafés. Faltam novos restaurantes legais por lá, eu sei, mas já é um começo. Bom, para chegar ao Arcangelo, suba a velha escada rolante, caminhe no sentido contrário (em direção à varanda que dá para a rua da Bahia) e vire a direita no final do corredor:


A esquerda fica a Quina Galeria, cuja visita teve de ficar para a próxima. O Arcangelo abria sempre às 12h, mas por enquanto o horário foi empurrado para 17h - aos sábados, quando sofás são postos do lado de fora, a casa é aberta às 14h. São apenas 35 lugares, distribuídos em oito mesas. A minoria das mesas e cadeiras fica do lado de dentro e cada uma é diferente da outra, o que lembra o estilo adotado pelo Pizza Sur do Cruzeiro, casa comandada por outro argentino radicado em BH, Gustavo Roman. Um pouco diferente, é claro. Cada um na sua...


Já o cardápio de comidas, foi "instalado" na parede:


Reparem na garrafa de vidro mais à direita, sobre o balcão. Dentro dela está o cardápio de bebidas, como se fosse uma daquelas mensagens lançadas ao mar. Que ideia boa! Bem ao lado da garrafa estão pães de queijo que seguem receita do tio de Daniela Papini, namorada de Santiago e sócia na casa: levam provolone e parmesão, sem queijo minas, e podem ser recheados. Ah, também achei curiosa a maneira como apresentaram as opções de café, tudo bem explicativo:


Santiago e Daniela adoram arte. É por isso que as paredes estão tomadas por peças que eles e amigos artistas gráficos assinam. Quem quiser levar uma para casa, pode. É só perguntar o preço. O banheiro (unissex) também é "habitado" pelos amigos, que deixaram assinaturas e intervenções nas paredes:


Mulheres, não fiquem bravas comigo, mas eis uma evidência que comprova aquela velha tese de que cavalheiros não são assim uns porcos selvagens se comparados às damas em se tratando do uso do toilette. Lembrando que o banheiro da casa é unissex e o recadinho é só para elas...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Amarula caseiro

Dá para acreditar nisso? É coisa do amigo Rafael Mantesso, que estreou há pouco participação no site Gourmet Update or Die, uma das minhas leituras diárias. Antes de mais nada, é engraçado demais!

Também achei versões home made do famoso licor africano nos sites do programa Mais Você (da Ana Maria Braga), Culinária & Receitas, CyberCook, Anderssauro (essa leva guaraná!) e Guia de Receitas. Por fim, encontrei coletânea de oito receitas no site Obredy - não conferi se batem com as dos links anteriores.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Barbada da semana

Curta e grossa: tomar três chopes Falke Bier no bar Rima dos Sabores e pagar por dois. Só amanhã, terça-feira, dia 20, véspera de feriado, das 17h30 às 20h. Pequeno detalhe: a promoção vale também para o chope Monasterium Olympus, da mesma marca.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Se a vida te dá restos, faça risoto!

Não que risoto seja "a" receita para desovar restos, mas é que nele os restos costumam se sentir muito bem! Claro que risoto é um prato e tanto, que merece os melhores ingredientes, que requer um pouquinho de treino, que exige atenção e que é querido por todos nós, mas com bom senso e pouca coisa na mão dá para obter ótimos resultados. Ok, ok, retiro o "ótimos". Vamos dizer... "resultados reconfortantes em face ao que a geladeira nos oferta num dia fraco". Vejam só a minha situação:

- restos mortais de um frango assado do Verdemar;
- um par de limões comemorando uma semana lá em casa;
- a manteiga nossa de cada dia;
- a cebola obrigatória (momento Larica Total);
- o arroz arbóreo que que restou daquele último jantar;
- o pedaço de parmesão que sobrou da mesma ocasião;
- o bom e velho vinho-branco-de-cozinhar;
- sal e pimenta-do-reino (vai falar que não tem?);
- água, destroços de um ovo de páscoa e demais itens que não me ajudariam em nada no momento

Primeira providência: checar o estado do frango. Estava ótimo! Aliás, como é gostoso e como resiste bem na geladeira esse frango do Verdemar. Impressionante. Da última vez que o comprei já havia notado como se mantinha em perfeitas condições por dias e dias. Vou comendo os restos pouco a pouco, guardando ossos e afins (na maior higiene, hein?!) e, ao final, faço um belo caldo para risoto. Aproveito tudo. Osso por osso.

Bom, aí é só arregaçar as mangas. Pus água para ferver e a usei pura para cozinhar o arroz na maior cara de pau, confesso. Não sobrou caldo congelado da última vez e estava sem tempo. Também não queria usar cubinhos. Além do mais, confiei na potência do limão na hora de finalizar. No final das contas, deu certo. Aposto que muitos não suspeitariam que usei água pura. Mas é óbvio que usar um bom caldo (ele é a alma do risoto) faz toda a diferença. Só que, na ocasião, não deu para fazer assim. Acontece.

Então, piquemos a cebola! E bem miúdo. Panela no fogo, uma colherada de manteiga. Derreteu, coloque a cebola. Alguns instantes depois, o arroz arbóreo. Mexa bem por um minuto. Coloque um pouco de vinho no olhômetro e deixe o álcool evaporar. Feito isso, adicione a água fervente aos poucos, à medida que o arroz for secando, mas sem deixar secar demais. Vá mexendo sem parar, sempre em fogo alto, até os grãos ficarem al dente. Nesse meio tempo, acerte o sal (cuidado, pois ainda serão acrescentados alguns ingredientes salgados e/ou de sabor forte). Ah, resolvi por minha conta e risco acrescentar na hora um copo de leite para conferir mais corpo a esse "aguado" risoto. Quando o arroz tiver chegado no ponto de cozimento desejado, desligue o fogo e acrescente, imediatamente, a manteiga, o parmesão ralado e o suco de limão. Mexa com certo vigor para incorporar tudo. Enquanto preparei o risoto, cortei o peito de frango em pequenos bocados para comê-los no mesmo prato. E ficou tudo ótimo. Foi rápido e sujou quase nada.

Atenção: não sou chef! Tenha bom senso com as quantidades e se oriente por sua intuição. Para uma generosa porção individual, usei pouco mais de meia xícara de arroz arbóreo, meia xícara de parmesão ralado na hora, uma bela colherada de manteiga para finalizar e suco de meio limão. Com a outra metade, fiz uma limonada!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A obra mais vigiada da cidade

Falo da padaria que o Ivo Faria, chef e proprietário do restaurante Vecchio Sogno, está para abrir logo mais. Ele e outros sócios, aliás. Há quem diga (fonte segura) que será este mês ainda. Como "obra não se termina, abandona-se", não duvido de nada. É ver para crer. Já havia espiado por entre os tapumes que a tampam e postado aqui no blog, mas desta vez consegui entrar para conhecer o interior do imóvel. Venham comigo:


A porta no canto esquerdo da foto acima dá para a rua Ceará (a padaria fica na esquina com Aimorés, no Funcionários). No fundo está o forno a lenha - para pizzas, principalmente. Abaixo está um detalhe da parede, bonita mistura de branco com tijolos:


Essa é a principal ilha de gôndolas da padaria, em nível pouco acima do piso da entrada, onde está o forno a lenha:


Prateleiras do futuro empório (o padrão visual da loja é meio assim, madeira com preto):


Falta a luminária, mas já dá para ver como será o teto:


Aquela ilha principal que mostrei antes, agora vista do ângulo contrário:


A face de tijolos está virada para a rua Ceará e ali dentro é o salão do forno a lenha. Me parece que serão colocadas aqui mesas ao ar livre:


Depois de bater a testa no andaime, descemos até a área de preparação dos pães. Eis duas máquinas para trabalhar a massa:

Ângulo contrário da mesma área, com fornos à vista:


Aquela área ao ar livre, vista um pouco mais de longe:

Essa é a entrada da rua Aimorés:


No espaço do outro lado dessa escada está sendo cogitada a possibilidade de abrigar uma feirinha de produtos da roça, orgânicos, artesanais etc. Boa ideia não só para atrair mais fregueses, mas para criar mais um espaço de convivência no bairro. Bom, mas tudo isso são planos. De concreto, mesmo, só o número:


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bistronomia: mais uma adesão em BH

Semana passada escrevi no caderno Divirta-se sobre o restaurante À Mesa Bistronomique, a princípio única casa a apostar assumidamente no conceito de bistronomia, ou seja, comida com alguma sofisticação mas vendida por preços inferiores aos praticados pela dita alta cozinha. É uma tendência iniciada na década de 1990, em Paris, e já em expansão pelo mundo, incluindo o Brasil. Há um mês, conversei com o Paulo Henrique Vasconcellos, chef do Benvindo, que me revelou intenção de atuar nessa praia também. Mas a ideia dele é um pouco diferente: não vai apostar 100% na bistronomia, e sim dedicar as noites de terça a quinta à menus de preço reduzido. Os dois desta semana são:

Menu 1 (R$ 48, por pessoa)
Entrada: creme de cará com capim santo e costelinha defumada
Primeiro prato: polenta com ragu de cordeiro e pimenta cambuci
Prato principal: costela 48 horas
Sobremesa: crepe de doce de leite e creme de café

Menu 2 (R$ 55, por pessoa)
Entrada: creme de cará com capim santo e camarão
Primeiro prato: risoto de abobrinha e cogumelo de paris
Prato principal: atum mi-cuit com fettuccine de pupunha
Sobremesa: crepe de doce de leite e creme de café

E em breve, adianta o chef, haverá preços especiais também para harmonização com vinhos ou rótulos em promoção. Com a palavra, o próprio Paulo:

Queremos com isso facilitar que as pessoas venham conhecer o Benvindo e, assim, termos cada vez mais público. Vale frisar que apesar do valor mais acessível, iremos sempre primar por um produto de alta qualidade gastronômica.

Não parece interessante e de preço justo?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tapioca, a missão

Outro dia vieram me falar sobre uma nova casa em BH, especializada em tapioca. Fucei na internet e descobri que se trata do Rei da Tapioca, loja situada na Rua Sergipe, 1.437, naquele último quarteirão, na Savassi. Aí, ontem, outra pessoa me disse que a casa já foi fechada! Já?! Isso procede mesmo? Nem deu tempo de conferir! Então, pergunto: onde comer tapioca em BH?

Minha última tapioca foi em janeiro do ano passado, no Pará. Tapiocas com geleia de cupuaçu, com queijo de búfala ou só na manteiga... Delícia! Com aquela típica empolgação de turista, eu e minha mulher (que se tornou fã de tapioca) trouxemos para casa aquela frigideirinha de alumínio para prepará-la e um sacão de goma, que rapidinho ficou imprestável. Então, faço uma segunda pergunta: onde comprar a bendita goma em BH?

A extinção do tropeiro do Mineirão

A colega Eulene Hemétrio levantou uma lebre no blog De olho em 2014: o possível fim do tradicional tropeiro do Mineirão por causa da reforma pela qual passará o estádio. Pode ser que depois de maio, quando termina o contrato do Bar 13, esse patrimônio gastronômico da cidade fique restrito ao bar Tropeiro do 13 (Avenida General Olímpio Mourão Filho, 190, loja 01, Itapoã, 31 3495-4549), que pertence aos mesmo proprietários.

São Domingos cai na rede

A sorveteria São Domingos provavelmente é a mais antiga de BH. Inaugurada em 1929, sempre foi super low profile, apesar de toda a tradição, fama e legião de adoradores. Aí, de repente, ela me aparece não apenas com site, mas com o pacotão completo de redes sociais, o que inclui blog, twitter, facebook, comunidade no Orkut, canal no YouTube e flickr.

Como assim?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vinhos ibéricos na Enoteca Decanter

A Enoteca Decanter (Rua Fernandes Torinho, 503, Funcionarios, 31 3287-3618) promove nesta quinta-feira, dia 15, às 20h, um taste'n'buy cujo tema são vinhos ibéricos. Funciona assim: você paga R$ 150 e tem direito de provar todos os rótulos do evento. Ao final, degusta-se um prato e converte-se o valor pago em bônus de consumo. Quem pagar antecipadamente resgata todo o investimento, revertido em bônus para compra dos vinhos provados; quem paga na hora, resgata bônus de R$ 100. O prato do dia será um risoto com ragu de contrafilé e molho de mostarda. Eis os vinhos:

Brancos:
- Blanco Barrica Ercavio 2008, Mas Que Vinos (Toledo, Espanha) - R$ 59
- Malvasia Fina 2007, Quinta das Maias (Dão, Portugal) - R$ 67,20

Rosês:
- Rosado Ercavio 2008, Mas que Vinos (Toledo, Espanha) - R$ 36
- Vale da Raposa 2007, Alves de Sousa (Douro, Portugal) - R$ 69,70

Tintos:
- Strabon Reserva Oro 2007, Gil Luna (Toro, Espanha) - R$ 90,25
- Tempranillo Reserva Amarem 2002, Luis Canãs (Rioja, Espanha) - R$ 298
- Carmine Grou 2006 (Alentejo, Portugal) - R$ 90,75
- Quinta da Gaivosa 2003, Alves de Sousa (Douro, Portugal) - R$ 216,65

Kopi luwak: será que vai pegar?

Devagarinho, pé ante pé, os valorizadíssimos cafés processados nas entranhas de animais começam a chegar a BH. O primeiro rumor disso veio do café Benzadeus, no centro da cidade, que garantiu ter encomendado, no início do ano passado, um pacote do mundialmente conhecido (e caro) kopi luwak, o café que é "beneficiado" no sistema digestivo da civeta, um mamífero indonésio semelhante ao gato doméstico. O bicho escolhe os frutos mais doces, come e se "desfaz" deles depois. Em seguida, entra em ação o profissional que recolhe essas fezes, retira delas os grãos de café, os limpa e embala. E há quem pague ainda mais para fazer em casa sua própria limpeza...

Pouco depois, em maio passado, soube que o Centro de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, pretendia servir em seu restaurante expressos feitos com o Jacu Bird Coffee, café que vem do Espírito Snato e cujo processo de produção foi inspirado no do kopi luwak, mas com o jacu (aquela ave grande e negra) no lugar da civeta. Postei sobre isso aqui. Pelo que eu sei, nenhum dos dois lugares conseguiu servir os tais cafés.

Semana passada soube de um jantar harmonizado com vinhos de um sommelier sueco no restaurante Dádiva e advinha qual café estava previsto para o final do evento? Jacu Bird Coffee! Se foi servido, não sei, mas acabo de saber que o Villa Café, que inaugurou sua primeira loja recentemente, na Savassi, passará a servir o kopi luwak original da Indonésia a partir dessa quarta-feira, dia 14 - a data coincide propositalmente com o lançamento da loja virtual da marca. A saber: a xícara do expresso sai por R$ 20 e a embalagem de 100g, a R$ 150.

Albert Adrià no Brasil - será?

Eduardo Maya me disse que o chef espanhol Albert Adrià (irmão do Ferran, do elBulli) está sendo sondado para vir a Belo Horizonte a convite do Comida di Buteco. Viria para entregar o prêmio ao boteco vencedor desta edição, conhecer os bares da cidade e dar aulas. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? "Ele é meu ídolo", revela Eduardo, idealizador do CdB e que vê Albert como um defensor da cozinha popular tradicional espanhola. Isso porque o espanhol era, até fevereiro passado, diretor de criação e autor das sobremesas do elBulli e largou o posto para se dedicar ao seu próprio bar, o Inopia, especializado em tapas. Eduardo crê nos tapas como o equivalente aos tira-gostos dos botequins brasileiros. Eis a ligação de uma coisa à outra.

Barbada da semana

Aproveitando que nas últimas barbadas me dediquei a "análise" de encartes de supermercados de BH, sigo nessa trilha com o do Verdemar. Encontrei lá:

- O azeite italiano que leva a marca do próprio supermercado - e que não decepciona - por R$ 12,98 (500ml);
- Uma pá de vinhos abaixo de R$ 20 e um bocado abaixo de R$ 30;
- O pacote de 1kg do bom arroz italiano também da marca Verdemar (carnaroli ou arbóreo) por R$ 7,98;
- Pacotes de 250g de arroz italiano para risoto (tipo não especificado) da marca Beretta com trufa (R$ 13,98) ou açafrão (R$ 8,90). Valem a pena?;
- A cerveja pilsen mineira Áustria (600ml) por R$ 3,59;
- Tipos variados (dunkel, trigo etc) da cerveja alemã Erdinger a R$ 7,98 (500ml).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Avant-première di Buteco

Ontem à noite teve caravana no esquema petit comité para a imprensa conhecer três dos 41 bares participantes do Comida di Buteco, que começa amanhã e vai até dia 9 do mês que vem aqui em BH. Eu e os coleguinhas fomos guiados por Eduardo Maya, idealizador e um dos organizadores do evento, além de um tremendo boa praça. Começamos no Antoniu's, que fica aos pés do tobogã da Contorno, na Savassi:


Lotado, mas a mesa da imprensa estava lá, reservada e a nossa espera! Antes do petisco concorrente, experimentamos a receita desenvolvida pelo bar com Doritos (um dos patrocinadores do evento):


A saborosa carne de panela dividia espaço com purê de mandioca que leva um pouco de parmesão. Por cima, os tais Doritos. O primeiro gole de cerveja desceu maravilhosamente bem, com a loura gelada no ponto. Pouco depois, chegou à mesa o petisco concorrente desta edição do CdB, de fato:


Trata-se de peito de frango enrolado e recheado com legumes e jiló, empanado, frito e cortado em rodelas. Nos potinhos, da esquerda para a direita, molhos de laranja com mostarda, de jiló (sobressaiu o sabor da hortelã) e madeira. Comida no papinho, pé no caminho! E assim desembarcamos no Peixe Frito, que fica na rua Juiz de Fora, quase esquina com Amazonas.


Guacamole com Doritos para começar. O petisco concorrente chegou em duas etapas. Primeiro deliciosos chips de jiló, que devoramos entusiasmadamente. Uma espécie de entrada. Todo mundo quis repetir! Acho que o dono do bar ficou até preocupado...


Aí chegou a última etapa do petisco:


Pintado frito em pequenos bocados, sequinhos e muito saborosos. Show de bola! Para acompanhar, molhos de manga e de gengibre. E então, chegou a hora de ir para o terceiro e último bar, o Mulão, no Caiçara. Era o que eu mais queria conhecer, pois os demais eu já havia visitado antes. Eis a entrada dele:


E algumas cenas internas da casa, que é bastante simples e foi reformada e ampliada recentemente só para a estreia no CdB:


Nos contaram que a parte de trás, subindo a escadinha, era de terra batida há até pouco tempo!


Cena bonita de se ver...


Das fritadeiras dessa cozinha emergiram esses saborosos bolinhos de carne recheados com jiló e parmesão:


Os anfitriões Eduardo Maya e Mulão, em pessoa: