domingo, 10 de maio de 2009

Big Apple, Big Oyster


Nicole Bengiveno/The New York Times
Estou tentando conseguir uma entrevista com o jornalista e escritor norte-americano Mark Kurlansky, autor dos livros Bacalhau: a história do peixe que mudou o mundo e Sal: uma história do mundo, que agora tem lançado no Brasil A grande ostra (José Olympio, 280 páginas, R$ 42). Ele se debruçou sobre esse apreciado molusco para narrar o desenvolvimento de Nova York: da chegada dos colonizadores europeus e a fundação da cidade, no século 17, até a morte dos viveiros de ostras, nos anos 1920.

Na análise de Kurlansky, as ostras tiveram grande importância dentro e fora dos Estados Unidos. São reveladas como significativo produto de exportação e, ao mesmo tempo, parte da dieta cotidiana de todas as camadas da população. As barracas de ostra de antigamente eram tão comuns quando as carrocinhas de cachorro-quente. Cada uma custava US$ 0,01. Um ensopado de ostras, US$ 0,10. O molusco chegou até a ajudar na diminuição da poluição nos canais que cortavam a cidade.

Nas palavras do autor: "Como é possível que pessoas vivendo no maior porto do mundo, numa cidade na qual nenhum bairro fica muito distante do mar, numa cidade cuja locação foi escolhida por causa do mar, onde grandes cargueiros, petroleiros, possantes rebocadores, iates e barcos da polícia marítima deslizam por suas águas, tenham perdido toda sua ligação com o mar, quase esquecido completamente que o mar está ali? Os nova-iorquinos perderam sua ostra, seu gosto do mar. Esta é a história de como tudo isso aconteceu".

O livro foi originalmente lançado em 2006 e nesse link do jornal The New York Times dá para ler uma boa matéria que fizeram com ele á época.

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