quarta-feira, 21 de abril de 2010

Varanda undergound



Semana passada escrevi no caderno Divirta-se sobre o Arcangelo, misto de bar e café com certo clima underground aberto recentemente no segundo andar do edifício Maletta, no Centro de BH. Pouco depois de comunicar sua existência aqui no blog, fui até lá para conhecer o local, os proprietários e fazer a reportagem. Foi uma visita mais para conversar e ver o lugar mesmo, durando menos tempo do que a casa merece, com seus quitutes caseiros, vista privilegiada da rua da Bahia e ambiente descolado. Deu tempo de experimentar três alfajores e tomar um bom expresso tirado pelo proprietário, o escultor argentino Santiago Calonga. Ficou um gostinho de quero mais...


Acho realmente um privilégio ter um lugar como esse e com uma vista dessa no Centro para poder tomar um bom café ou uma cerveja enquanto se joga conversa fora. Pouco a pouco, lugares bacanas como o Arcangelo estão sendo abertos por lá, o que é ótimo, pois sinaliza algum desejo de que a região volte a ser um bom lugar para se frequentar por lazer. Por enquanto, as novidades quase sempre são bares ou cafés. Faltam novos restaurantes legais por lá, eu sei, mas já é um começo. Bom, para chegar ao Arcangelo, suba a velha escada rolante, caminhe no sentido contrário (em direção à varanda que dá para a rua da Bahia) e vire a direita no final do corredor:


A esquerda fica a Quina Galeria, cuja visita teve de ficar para a próxima. O Arcangelo abria sempre às 12h, mas por enquanto o horário foi empurrado para 17h - aos sábados, quando sofás são postos do lado de fora, a casa é aberta às 14h. São apenas 35 lugares, distribuídos em oito mesas. A minoria das mesas e cadeiras fica do lado de dentro e cada uma é diferente da outra, o que lembra o estilo adotado pelo Pizza Sur do Cruzeiro, casa comandada por outro argentino radicado em BH, Gustavo Roman. Um pouco diferente, é claro. Cada um na sua...


Já o cardápio de comidas, foi "instalado" na parede:


Reparem na garrafa de vidro mais à direita, sobre o balcão. Dentro dela está o cardápio de bebidas, como se fosse uma daquelas mensagens lançadas ao mar. Que ideia boa! Bem ao lado da garrafa estão pães de queijo que seguem receita do tio de Daniela Papini, namorada de Santiago e sócia na casa: levam provolone e parmesão, sem queijo minas, e podem ser recheados. Ah, também achei curiosa a maneira como apresentaram as opções de café, tudo bem explicativo:


Santiago e Daniela adoram arte. É por isso que as paredes estão tomadas por peças que eles e amigos artistas gráficos assinam. Quem quiser levar uma para casa, pode. É só perguntar o preço. O banheiro (unissex) também é "habitado" pelos amigos, que deixaram assinaturas e intervenções nas paredes:


Mulheres, não fiquem bravas comigo, mas eis uma evidência que comprova aquela velha tese de que cavalheiros não são assim uns porcos selvagens se comparados às damas em se tratando do uso do toilette. Lembrando que o banheiro da casa é unissex e o recadinho é só para elas...

10 comentários:

  1. Oi Dudu!
    Finalmente consegui consertar o problema do acesso ao campo de comentários. Foi só fuçar um pouco mais no google que achei a solução...
    Sobre o post, acho muito bacana também essa revalorização do centro como possibilidade de gastroentretenimento. De butecos lá já está cheio e uma nova onda, de lugares mais bacaninhas, é ótima para BH.

    Abs,
    Gui

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  2. já almocei aí muitas vezes quando trabalhava na Av. Augusto de Lima. foi nostálgico ver a vista dessa sacada...

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  3. Oi, Gui!

    Que bom que conseguiu resolver isso. Seus comentários fizeram falta por aqui! Seja bem-vindo de novo!

    Sim, o Centro preciso de mais iniciativas de gente criativa e competente para se tornar um lugar atraente, de fato.

    Abraços.

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  4. Adri,

    é linda mesmo essa vista, não? Fiquei encantado.

    Abraços.

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  5. Caríssimo Eduardo,
    Agradou-me a novidade do Arcangelo.
    Cujo nome é uma homenagem ao prédio.
    Muito mais conhecido pelo sobrenome.
    Visito sebos, bares e amigos de lá.
    O local é point tradicional de BH.
    Ponto de amigos como Alécio Cunha.
    Sua passagem foi sentida por todos.
    O poeta Milton deu-me essa pesarosa.
    Coincidiu com um outro triste óbito.
    O fechamento do antigo bar Pelicano.
    Disseram-me que reabriu, é verdade?
    Não no Maletta, mas em outro lugar.
    No bar, vi o Alécio pela última vez.
    Conversamos amenidades nostálgicas.
    Aquela saudade de coisas boas daqui.
    Vou ao Maletta há mais de 20 anos.
    Ultimamente estava muito desanimado.
    Entediado com a unanimidade do Lucas.
    Com todo respeito ao que representa.
    Desejo sucesso ao novo empreendimento.
    Espero que seja o primeiro de vários.
    No sentido de se revitalizar o prédio.
    Abraços,
    MARCELO BRANDÃO

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  6. já estava mais que na hora. os maletianos merecem - sim - mais ambientes bacanas como esse. acho que o Maletão estava parado.

    Dimas.

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  7. Marcelo,

    também ouvi comentários sobre a reabertura do Pelicano. Investigarei.

    Sim, o Maletta é um lugar incrível e precisa de mais gente com boas ideias por lá.

    Abraços.

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  8. Achei super legal a revalorização do centro de mossa cidade. Muitas surpresas neste sentido estão por vir.

    Um grande abraço.

    Fabrício Lima

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  9. Oi, Fabrício!

    Sim, é ótimo ver gente legal apostando no centro.

    Você está sabendo de algo mais nesse sentido? Conte-nos!

    Abraços.

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