Acabo de receber e-mail da Sertãobras comunicando a mais nova ação da entidade: sorteio de um queijo canastra feito com leite cru toda semana durante os próximos dois meses. É claro que isso não é oba oba, a ideia por trás da promoção é defender a legalização do queijo de leite cru, conscientizando as pessoas dos seus benefícios. Daí o mote da campanha ser "Eu ♥ queijo de leite cru".
Para participar, basta deixar o comentário “Eu ♥ queijo de leite cru” no site da Sertãobras e sua opinião sobre o tema ou, se for usuário do Twitter, dar RT no post "RT @sertaobras Eu ♥ queijo de leite cru". Os nomes dos sorteados serão divulgados sempre no site da Sertãobras, toda sexta-feira, às 17h.
Eis as linhas gerais da coisa toda, tal como recebi, sem tirar nem por:
No Brasil, o queijo de leite cru foi considerado patrimônio imaterial da Cultura. Mas infelizmente, a legislação sanitária vigente não favorece que o sabor singular do queijo da Serra da Canastra alcance os quatro cantos do país, pois exige um período mínimo de maturação de 60 dias, contados a partir da entrada do queijo artesanal fabricado com leite cru na fazenda em entreposto inspecionado pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). Assim, a legislação federal tornou-se inadequada à realidade, pois os produtos mais comercializados atualmente são os queijos frescos, com um máximo de maturação de 21 dias.
Até 1952, o prazo mínimo exigido para o queijo ser comercializado após produzido era de 3 dias para o queijo Minas frescal e de 10 dias para os outros tipos. Estes prazos foram alterados pela portaria 146 de 1996 para um mínimo de 60 dias, em temperatura superior a 5o graus, para todos os queijos fabricados com leite cru. Essa legislação "pasteuriza" não só o leite, mas nossa cultura tradicional de produção de queijo de leite cru, e contribui para a informalidade da cadeia do queijo.
A legislação da Defesa Sanitária Animal (referente aos programas de erradicação e controle de brucelose e tuberculose), o Programa de identificação individual oficial de bovinos (SISBOV) e a legislação tributária em relação ao ICMS tratam de igual modo pequenos e grandes produtores, grandes indústrias e pequenos produtores artesanais.
Hot Take: Pumpkin Pie Is Good
Há 10 horas
vou correr lá.
ResponderExcluirDimas
Corra, Dimas, corra! Se não conseguir ganhar, siga minhas dicas para comprar um bom canastra no Mercado Central.
ResponderExcluirAbraços.
eu também vou ... :D
ResponderExcluirTemos novidades com relação a esse assunto. Dois dias depois desse post, Lula assinou decreto que altera artigos da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Isso libera o queijo de leite cru para além das alterosas. dê uma conferida: (RIISPOA).http://www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=4376125
ResponderExcluirDimas
Grande notícia, Dimas! Será que podemos mesmo comemorar?
ResponderExcluirAbraços.
Olá Eduardo!
ResponderExcluirSerá que alguém do blog foi sorteado?
Minas é a França brasileira do queijo.
E por falar em queijo, uma curiosidade.
Você ficou sabendo do concurso mineiro?
Promovido pela Emater e pelo IMA também.
Visa eleger o melhor queijo das geraes.
Houve a etapa para eleger o de Araxá.
O evento foi em festival gastronômico.
Realizado no Grande Hotel, hoje Tauá.
Um dos jurados foi o Chef Ivo Faria.
O concurso tem outras etapas na pauta.
Além de Araxá, há outros participantes.
Representantes de outras microrregiões.
Serro, Canastra, Cerrado e Vertentes.
Em outubro vai ocorrer a grande final.
E aí, você aposta em um ganhador?
Sincero abraço,
MARCELO BRANDÃO
Oi, Marcelo.
ResponderExcluirSim, fiquei sabendo, mas fica difícil apostar sem ter degustado as amostras. Essas ações da Emater e outras entidades precisam ter mais visibilidade, não acha? Precisam de mais apoio, mais respaldo.
Abraços.
Girão, o tema é delicado e envolve o poder público (o que deixa o caldo mais grosso ainda). A medida é importante, sem dúvidas. Mas como isso se dará? Preocupa-me muito o padrão de qualidade do que será fornecido. Será que as microrregiões estão preparadas (organizadas) para tal?
ResponderExcluirDimas,
Sim, Dimas, é preciso um esforço em todas as instâncias para que a coisa caminhe azeitada e evolua. No entanto, é preciso ficar atento a essa palavra "padrão" quando o assunto é produto artesanal. No universo dos restaurantes urbanos o padrão é um ideal que vem sendo perseguido incansavelmente. Nos habituamos a isso e a tendência é olhar da mesma maneira para o campo, o que é perigoso. O produto artesanal é outra história. É óbvio que isso não significa que teremos de abrir mão do padrão, mas teremos de aprender algumas coisas para lidar com esse nova situação.
ResponderExcluirAbraços.
Eduardo,
ResponderExcluirAqui, aplica-se uma pequena reflexão.
Um amigo me disse algo interesssante.
Tinha relação com gasto em publicidade.
A despesa pública com essas propagandas.
Ele me disse: "Por que se gasta nisso?"
O Estado não deve fazer propaganda não.
Suas realizações são uma mera obrigação.
"Devia se proibir essa verba pública".
"Certamente não haveria mais desvio".
São palavras dele, após os escândalos.
Envolvendo propagandas governamentais.
Pois bem, de certo modo ele tem razão.
Publicidade/política não combinam bem.
Mas e a mídia que fatura alto com isso?
(Ora, os governos são grandes clientes)
Ela perderia uma de suas maiores contas?
E os projetos que precisam de divulgação?
Se cortar a verba, aí que não saberemos.
O certo seria divulgar ações do Estado.
Entes federal, estadual e até municipal.
Ações desconhecidas da nossa população.
Eventos em educação, gastronomia, lazer.
E também turismo, cultura, e esportes.
É hora de se direcionar a publicidade.
Como esse projeto e concurso do QUEIJO.
Envolvendo a EMATER como também o IMA.
Para se eleger nossos melhores queijos.
Quase ninguém ficou sabendo disso em MG.
Como também o Comida di Buteco no RIO.
E outros eventos e ações de interesse.
Governos já gastam muito com propaganda.
Aquelas mensagens da TV são muito ruins.
Tem formato de horário eleitoral sem ser.
Sabe? Governo fez isso, fez aquilo, etc.
Seria bom mirar o turismo gastronômico.
Esse seria um bom exemplo para começar.
E mais: fazer parcerias com o 3º SETOR.
A ONG ou OSCIP divulga e organiza tudo.
Fiscalizando-se o uso da verba pública.
Com Tribunal de Contas e Min. Público.
Seria uma boa opção até mesmo para MG.
Turbinaria o ecoturismo gastronômico.
Isso poderia trazer a visualização.
Perdoe-me pelo discurso prolixo.
Fica registrada a sugestão...rs
Caloroso abraço,
MARCELO BRANDÃO
Interessante a sua reflexão, Marcelo. Espero que sirva também para algum representante do governo que eventualmente passe por este blog. Muito obrigado.
ResponderExcluirAbraços.
Eu ♥ queijo de leite cru
ResponderExcluirOi, Luiz.
ResponderExcluirSe você quer participar dessa ação, tem de deixar esse comentário no twitter ou site da Sertãobras. Os respectivos links estão nesse post.
Abraços.