quinta-feira, 20 de maio de 2010

Até que enfim!

Como puderam demorar tanto para lançar chips feitos com batata baroa e inhame? Recebi esta semana um pacote de cada, batizados de Natuchips, enviados pela Elma Chips/PepsiCo. Esse é o de batata baroa:



E esse aqui, o de inhame:



Ambos tinham boa aparência, textura crocante e estavam sequinhos, mas confesso que o de inhame não tinha lá um sabor tão marcante assim. Já o sabor de batata baroa é bem mais fácil de reconhecer. Talvez um pouco menos de sal me agradasse mais. No final das contas, aprovo o lançamento. Afinal, com tanta raiz bacana na nossa terra, por que temos de ficar restritos a batata? Aliás, e a mandioca? Seria ótimo termos essa opção também. Já passou da hora de explorarmos isso, ora bolas! Me lembro de ter comido uma espécie de chips peruano de uma raiz que, se não me engano, era madioca: salgadinho e com certo amargor, tinha sabor super interessante. Me deixou ótimas lembranças.

Mas será que todo mundo quer chips de inhame, batata baroa, mandioca etc e tal? Isso me faz lembrar de algumas conversas com o Carlos Alberta Dória, do blog E-Boca Livre, que conhece pesquisas sobre o consumo de alimentos regionais em âmbito doméstico. Os resultados surpreendem pelo baixo índice de consumo. Dá para ter uma noção do que falo lendo o que está aqui. Já os dados do IBGE apresentados no material de divulgação dos chips da Elma Chips/PepsiCo mostram que "as raízes estão entre os alimentos mais presentes na dieta usual do brasileiro": "aproximadamente 15% da população as consomem de forma rotineira. Este percentual está atrás apenas do arroz e feijão (24%) e empatado com as carnes (15%). A linha Natuchips foi criada a partir da observação dessa preferência e com o propósito oferecer aos consumidores um produto singular, com gosto de Brasil". Acredito no que, então?

Ainda de acordo com o mesmo material de divulgação, fico sabendo que essa linha de produtos é resultado de parceria entre a empresa e cerca de 20 pequenos e médios agricultores brasileiros.
Por semana, são adquiridas cerca de 30 toneladas de inhame (produzido no Espírito Santo) e batata baroa (sul de Minas). Na tentativa de processar o produto o mais fresco possível, se comprometem a levar o que é colhido em no máximo 36 horas até a fábrica. Detalhe: ela fica aqui pertinho, em Sete Lagoas.

Por fim, as raízes são lavadas, cortadas em fatias finas e fritas em óleo. E acrescenta-se apenas sal. Sem conservantes ou corantes, garantem. E, ao que parece, miram no público adulto.

14 comentários:

  1. Que coincidência, Girão!

    Esse final de Semana desci para Cardeal Mota (como cresceu!) e Santana do Riacho.

    E compramos pacotinhos desse de batata baroa na padaria lá na Serra do Cipó. Gostamos. Não tinha o de Inhame.

    E por falar em comida: agora a noite, sob encomenda, comemos um belo tropeira do Bar da Elza!

    ; )

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  2. Onde é mesmo o Bar da Elza, Guilherme? Vale a pena, então?

    Abraços.

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  3. Oi Du!
    Já fazem umas três semanas que experimentei os Natuchips, estava fazendo hora pro cinema e os encontrei nas Lojas Americanas, que costuma mesmo ser pioneira em lançamentos de "porcarias", rs!
    Gostei! Preferi o de Mandioquinha, pois também achei o sabor mais carcterístico. Inclusive, se lembra quando algumas vezes este chips era feito lá em casa no almoço? Lembrei disso na mesma hora em que comi, hummm, infância!
    E por falar em feito em casa, comento que na semana passada estive no Butiquim da Esquina e havia no cardápio Chips de Inhame. Pois bem, perguntei ao garçom se eram da Elma ou caseiros e ele me respondeu, com requintes de detalhes, que eram descascados, fatiados e fritos lá mesmo. Pedi uma carne sernada com mandioca que estava uma delícia! E resolvi pedir também os chips que, engraçado, vieram rápido, frios, com aparência familiar e em uma cumbuca que cabe exatamente a quantia de um pacote 40g! Ah, custou R$5,00!
    Bom, nada contra vender Elma Chips em bar, só não achei legal a enganação...

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  4. Girão, fica em Cardeal Mota. Na primeira rotatória, no sentido BH > Serra do Cipó.

    Tinha um tempão que não ia para a Serra do Cipó.

    O ideal é ligar e encomendar. Se quiser passo o telefone.

    Abraço,

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  5. Eduardo,
    Informação interessante essa.
    Não conheço o produto ainda.
    A embalagem trouxe recordações.
    Segue o tom da linha anterior?
    Aquela de azeite, entre outras.
    Você se lembra dessa linha?
    Abraços,
    MARCELO BRANDÃO

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  6. Bê,

    claro que me lembro da baroa frita lá de casa! "Harmonizada" com arroz, feijão recém-refogado e um bom bife de boi!

    Você está coberta de razão em relação ao bar! Ao menos as evidências que você descreveu aqui não deixam dúvidas. De toda forma, é preciso apurar melhor isso antes incriminar a casa.

    Beijos.

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  7. Oi, Marcelo.

    Lembro da linha do azeite, sim. Lembro também que uma vez lançaram um chips sabor carne assada que tinha sabor bem parecido com o real! No fundo, tudo parece estratégia da indústria para conquistar o público adulto. Ou vão dizer que andaram ouvindo o apelo de criancinha sedentas por chips de inhame? De qualquer jeito, acho bom que estejam desenvolvendo algo com os produtos da terra.

    Abraços.

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  8. Guilherme,

    obrigado por mais essa dica. Faz tempo que não vou lá e devo demorar a voltar, mas é bom saber dessa opção.

    Abraços.

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  9. Com certeza, tem que apurar!
    Comentei aqui porque realmente tava na cara e acho que a mentirinha do garçon foi mais pra agradar, ele atendeu super bem, uma figura! Mas pra mim era chips!
    Quando eu voltar lá procuro saber direto no balcão ;-)

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  10. Bê,

    depois volte aqui para nos contar o que apurou.

    Beijos.

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  11. Girão,

    Eles são uma delícia!!! Parabéns pelo blog.

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  12. Eduardo,
    A indústria já percebeu o filão.
    Vários produtos voltam à origem.
    Lembra até uma crônica mineira.
    Foi escrita pelo Roberto Drumond.
    Conta história de tias do interior.
    Isso bem nos tempos da carochinha.
    Elas foram na sorveteria da cidade.
    Uma novidade para a época e local.
    O garçom perguntou a elas o sabor.
    Sem saber o que pedir, responderam:
    "Uai, pode ser de carne de porco".
    Forte abraço,
    MARCELO BRANDÃO

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