domingo, 25 de outubro de 2009

O queijo São Jorge



Ontem à noite fomos visitar meus pais e levamos algumas coisas muito especiais para honrar o "quilate" da companhia: presunto cru da Chácara Chiari e um belo pedaço de queijo São Jorge, que trouxe da minha viagem a Portugal, em junho passado. O presunto cru do craque Carlos Chiari estava ótimo, como de costume, e dividiu as atenções de igual para igual com o queijo. Devo admitir que essa dobradinha roubou a cena naquela noite, que ainda teria uma receita de bacalhau especial da mamãe e, finalmente, a abertura de um vinho porto "proibido"!

Descobri o queijo São Jorge justamente nessa viagem. Meu conhecimento de queijos portugueses mal ultrapassava o majestoso serra da estrela. Aí, almoçando no ótimo Solar dos Presuntos, em Lisboa, fui introduzido a essa maravilha. Massa firme, levemente amarela e um pouco quebradiça; poucos e minúsculos buracos; aroma intenso (mamãe falou em couro de vaca); sabor marcante e persistente (lembraria em algo o bom parmesão italiano?), um tanto picante; e o invejável leite cru, que tanta falta faz ao nosso queijo minas. Eu e papai fomos ao céu.

Já no aeroporto de Lisboa, me preparando para ir embora, resolvi dar uma espiada nas lojas do freeshop. Uma delas mais parecia o Verdemar, tamanha a variedade de vinhos, azeites, chocolates, queijos e até embutidos em gôndolas refrigeradas. E muita coisa surpreendentemente barata, como as linguiças, alheiras e farinheiras que trouxe comigo - menos de 2 euros, cada, da Casa do Porco Preto, que me pareceu uma marca de aspecto bem confiável. Ainda não as provei.

Entre as compras que fiz nessa loja, também estava o tal pedaço de queijo São Jorge. A quem interessar possa, o quilo desse queijo me custou 15,30 euros. Nada mal para um produto excepcional. É feito no arquipélago dos Açores (é típico de lá) pela união de cooperativas Uniqueijo. Tem selo DOP (denominação de origem protegida) e é embalado com quatro meses de cura. Segundo meu The cheese lover's kitchen handbook, ele só melhora com a idade. Pena que não deu tempo de conferir isso: comemos quase tudo!

6 comentários:

  1. Morro de invejas dos portugueses por poderem comprar queijos tão bons... No Brasil, temos de nos contentar com as imitações mal-feitas, não é?. Parabéns pelo blog, já estou seguindo.

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  2. Que beleza de fim de semana.......O meu é terça e quarta (dá pro gasto).
    Mas nehum freeshop se compara ao de Singapura. Sem mitideza.....hehehehe. Show de bola. Alinhado, limpo e gigante. Tem tudo lá. É pagar pra ver.
    Abraços e muitos queijos para você.
    Luciene Martins Rêgo

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  3. Pierre,

    tenha inveja dos lusos não apenas pelos queijos, mas também pelos presuntos, embutidos, peixes, frutos do mar e vinhos, todos espetaculares. Isso para ficar só no que é mais emblemático. Esse é um povo que come bem, muito bem!

    Obrigado pela visita e seja bem vindo ao blog!

    Abraços.

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  4. Luciene,

    Deus queira que um dia este boia-fria que vos fala tenha a chance de conhecer Singapura!

    Abraços.

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  5. Dú, o queijo estava incrível mesmo! Delícia! Daquele tipo de presunto eu não consigo gostar, até tentei lá no Museo del Jamón, mas não adianta...
    O blog continua super bacana, não tenho postado muitos comentários, mas estou sempre passando por aqui, viu?
    Beijo

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  6. Que bom que gostou, Bê! Ainda tenho um pedacinho dele lá na geladeira de casa, se quiser se despedir! Sem falar nos embutidos, ainda intactos!

    Beijos.

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