sábado, 5 de setembro de 2009

Uma visita ao (bem) comentado Piacenza

Demorou, mas eu fui. Finalmente conheci o restaurante Piacenza (Rua Aimorés, 2.422, Lourdes; 31 2515-6092), uma das casas mais comentadas na cidade nos últimos tempos. Sempre me falavam a mesma coisa: a comida estava boa e os preços eram justos. Já havia feito umas duas ou três reportagens lá, mas ainda não havia aparecido por lá como "pessoa física". Pois bem, fui e comprovei: a comida é boa e os preços não são de arrancar o couro. Vale realmente a pena. Pretendo voltar.

Sempre soube que a casa fica cheia e que depois de certo horário é bem difícil conseguir mesa - mesmo depois da recente ampliação (ocuparam o imóvel da antiga farmácia ao lado). Faltava não muito para as 21h quando eu e minha mulher chegamos. A única mesa disponível era a que fica em frente ao balcão de bebidas, quase na rua. Fazer o que? Não perdemos tempo e partimos para a análise do cardápio.

Começamos com um vinho branco decente e de preço razoável, sugerido pelo atencioso garçom Henrique, que cuidou da gente até o fim da noite. Chegou à mesa num simpático baldinho de ferro com gelo. Que boa ideia lá para casa - e ainda deve ser barato! Pedimos uma entrada para dividir e, quando a gente assustou, lá veio o Henrique nos chamando para mudar de mesa. Achamos ótimo.

Eis que chegou o nosso ceviche de tilápia com pepino em conserva (me pareceu ser no estilo japonês), gergelim preto e vinagre de framboesa (que deu toque especialíssimo). Saboroso e ácido. Adequado como entrada e compatível com o refrescante vinho branco. Pães e azeites aromatizados na casa (já fiz matéria sobre eles), também estavam à mesa. Penso que os azeites ainda podem ter mais realçados os sabores de seus respectivos ingredientes.



Curiosidade: não havia quem estivesse fumando dentro do restaurante. Todos iam para a calçada dar suas baforadas. Reflexos da lei antifumo que, parece, chegará a BH em breve? Sei que já deve ser chato ter de ir lá fora para fumar, mas, já estando lá, será que não dá para fazer isso mais na beirada da calçada? Porque fumar rente à porta é quase a mesma coisa que fumar lá dentro... Creio que um pouco de jogo de cintura por parte do restaurante ajudaria nisso.


Bom, prosseguindo. Mudamos de vinho. Fomos para um malbec. Não casou muito bem com meu ravióli de linguiça e cogumelos, mas deu para quebrar o galho. A culpa foi minha, admito. Talvez o caráter mentolado que me desagradou nesse casamento específico viesse a calhar com churrasco, por exemplo. Talvez. Não sei. Do prato em si eu gostei: massa em bom ponto, com recheio equilibrado.



Experimentei também um pouquinho do ravióli de abóbora e amêndoas na manteiga de sálvia, que minha mulher pediu. Aprovado também.



Não estávamos no clima de sobremesa; ficou para a próxima. Aliás, espero que a próxima seja em breve, pois saí de lá querendo voltar para experimentar outros pratos. Algumas pessoas já me falaram do tartar de carne de sol, por exemplo. Sem falar nas outras massas (especialidade da família do Américo) e nos risotos.

Por que não existem mais lugares assim na cidade?

4 comentários:

  1. Girão, se não importar, podia informar o valor dos pratos do Piacenza!

    Valeu!

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  2. Oi, Guilherme!

    Não lembro de cabeça, mas não é nada de assustar. Cada prato custa entre R$ 20 e R$ 30 e poucos, acho. A minha conta deu R$ 184 com dois vinhos, dois pratos e uma entrada.

    Abraços.

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  3. Pô Girão, vai no meu restaurante e nem mexe comigo, assim não dá!!!
    Dá proxima vez manda me chamar, vai ser um prazer te mostrar a ampliação da Cantina e minhas novidades.
    Uma lastima não ter descido pra te cumprimentar. Espero que entenda, depois da ampliação tenho ficado muito pouco no salão, estou em pleno treinamento com o pessoal da cozinha.
    De qualquer forma muito obrigado pela presença e espero que volte logo e MANDE ME CHAMAR SE EU NÃO APARECER POR FAVOR!!!
    Grande abraço,
    Americo Piacenza

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  4. Oi, Américo!

    Eu te avisei, lembra? A visita seria surpresa! Você pôs os olhos em mim logo que cheguei, mas não me reconheceu. Daí, aproveitei para passar totalmente incógnito pela experiência! Mas não se preocupe, pois correu tudo bem. Na próxima, a gente se fala. Gostei de lá. Parabéns!

    Abraços.

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