domingo, 14 de junho de 2009

Acarajé, moqueca e iogurte

A tarde relativamente fria de hoje me despertou desejo de algo quente, reconfortante. Decidi visitar novamente a Baiana do Acarajé (Rua Antônio de Albuquerque, 440, Savassi, 31 3264-5804), para conferir se a casa continua oferecendo comida de bom custo benefício. Fui até a casa que os proprietários do bar homônimo, no mesmo quarteirão, abriram há não muito tempo. Mais espaçoso e confortável, o espaço atende melhor quem quer comer com tranquilidade, já que no bar o esquema é mesa de plástico, lotação máxima e o toda confusão e ruído próprios de um bar de calçada. Obviamente, espaços com finalidades distintas. Afinal, cerveja de garrafa gelada e acarajé ao ar livre têm seu valor. E como têm.

Mesa limpa, atendimento eficiente e um bom acarajé para começar. Na última vez, optei pela moqueca mista, com peixe e lula, servida borbulhante num alguidar de barro. Saborosa, deixou lembranças e não pesou demais no bolso. Tanto que voltei. Quase pedi bobó, mas fui de moqueca mista de novo. Desta vez, lagosta com ostra. Sem demora, o alguidar fumegante chegou à mesa, escoltado por arroz branco, farinha e um delicioso e incomum pirão. Tudo gostoso. Só acho que um pouco mais de atenção em relação ao cozimento do lagosta ajudaria a deixá-la mais macia. A Baiana do Acarajé continua valendo a pena.

A sobremesa deixei para saborear no recém-inaugurado Yogoberry, no Diamond Mall. Adoro iogurte - especialidade da casa - e, por isso, estava ansioso para conhecer o lugar. Branco e com forma bem parecida com a de um sorvete de casquinha, o iogurte é servido num potinho. É bem mais firme, porém. Ácido e doce, delicioso. O potinho menor custa R$ 6. Se quiser qualquer coisa além do iogurte puro, tem que pagar. Três ingredientes extras custam R$ 2 a mais. Um pouco caro, talvez. Mas vale a pena conhecer. Pedi potinho menor, com calda de maracujá, coco ralado e amêndoas laminadas. Adorei. Voltarei para experimentar o smoothie, iogurte batido que, segundo a funcionária me explicou, é uma espécie de milkshake.

5 comentários:

  1. Dudu,
    apenas para constar: alguns baianos que passaram por BH disseram que o acarajé nem chega perto ao original deles.
    Talvez o daqui seja adaptado para paladares mineiros...
    Abs,
    Gui

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  2. Oi, Gui.
    Só estive em Salvador uma única vez e, mesmo assim, não experimentei acarajé. No meu ponto de vista, o primeiro problema que envolve essa "originalidade" da receita é saber quem a observou (que baianos?) e de que ponto de vista. Mas, de fato, não duvido que existam adaptações. Ah, uma curiosidade: ouvi dizer que alguns cozinheiros da Baiana vieram do Alguidares.
    Abraços

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  3. Olá!

    O que pode acontecer é uma certa proteção por parte dos baianos, natural.

    Mas pelo o que observei quando visitei a casa é que a equipe que lá trabalha é baiana, o que já ajuda no preparo de um acarajé, digamos, no mínimo honesto.

    Eu sou fã de acarajé. Já comi em Salvador, em Ilhéus, lá na Baiana do Acarajé e até na feira da Afonso Pena. E estavam todos apetitosos...

    ; )

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  4. Acredito que os regionalismos são saudáveis e não acho que necessariamente precisa-se ser gastrônomo ou cozinheiro para comparar.

    Imagino que teríamos a mesma postura ao comermos um prato tipicamente mineiro em Porto Alegre, por exemplo.

    Acho que por sermos acostumados a vida toda a comer esse tipo de prato nos fornece uma base não só para compararmos com outras cidades, mas também o que é feito aqui mesmo, em bares e restaurantes diferentes.

    Lembremos que os italianos são famosos por serem críticos com outras cozinhas, inclusive renegando culturas de outras regiões da Itália (e lá todo mundo acredita que entende de comida, não sendo papel só das "mamas")

    Abs,
    Gui

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  5. É isso mesmo, Xará!

    Até os mais renomados críticos podem ter opiniões divergentes sobre o mesmo prato.

    E acredito que o contexto influencia (e muito) na experiência de saborear um determinado prato.

    Quantas vezes recordamos que de um jantar com determinada pessoa, um café da manhã em uma dado dia, um espetinho depois de uma vitória do seu time...

    Abraço!

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