quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma aula de simplicidade e sabor no Sushi Naka

Ontem à noite fui jantar no Sushi Naka (Rua Gonçalves Dias, 92, Funcionários; 31 3287-2714) e gostei muito. A opção pelo Naka simples (combinado com 50 peças, incluindo sashimis; R$ 78) me pareceu a mais apropriada para um casal com algum apetite, sem exageros. Tudo aparentemente bem fresco, além de saboroso, bem cortado, montado e apresentado. Destaque para o peixe branco do dia, delicioso: um dos funcionários me disse que se chamava "rata" (seria "hata"?), espécie de parente da anchova negra. Uma maravilha. Dá até dó passar o sashimi dele no shoyu...

Foi o único lugar na cidade em que vi peças chegarem à mesa já com faiz forte aplicada. Tradicionalmente (ao menos de acordo com alguns livros que li), as peças são servidas já com um toque de raiz forte, mas por aqui sempre a vi como bolota no canto da travessa, esperando para ser cutucada a gosto do freguês. Não sou muito chegado a raiz forte, mas devo confessar que gostei mesmo assim. Não comprometeu em nada - pelo contrário. Arrematamos dividindo um bom missoshiro com cogumelos shimeji (pouco menos de R$ 7, acho). O belo tempura de legumes pedido pela mesa ao lado certamente vai nos inspirar nova visita. Inclusive, pretendo voltar para conhecer o almoço (reza a lenda que o prato executivo custa R$ 30 e serve duas pessoas) e o rodízio (aos domingos).

A conta esbarrou nos R$ 100. Talvez um pouco salgado para um casal que bebeu apenas duas águas sem gás. Digo "talvez" porque a qualidade do que foi servido sem dúvida é alta. Por outro lado, também digo "talvez" porque o ambiente é extremamente simples em comparação à concorrência. As cadeiras são azuis e alaranjadas, de plástico. As mesas, de fórmica branca, lembram o mobiliário de escolas infantis. Para ser bem franco, se você não reparar no que as pessoas estão comendo, facilmente poderá se imaginar num botequim: ambiente absolutamente desprovido de luxos, gente falando alto (estava lotado), cerveja de garrafa na mesa (como eles ainda não sucumbiram a ditadura das long necks?), garçons atendendo de camiseta. Nada contra, mas convém lembrar que a gente paga por tudo num restaurante. Tudo.

4 comentários:

  1. Eduardo Girão. Prefiro ir ao Sushi naka e comer bem do que ir ao Hoshi, comer mal, pagar caro e ter ainda por cima atendimento de cervejari ou mmelhor de buteco de segunda categoria. Veja no meu blog: http://juniverso.blogspot.com (Blog do Universo) a postagem que fiz sobre o Hoshi, a foto postada, por si só, fala tudo de lá. De que adianta ter vista bonita e mais nada? Entendo o que você quiz dizer sobre pagar por tudo, concordo, mas prefiro mil vezes, comer bem, ser bem atendido e pagar o que vale. Muito bom o seu blog, parabéns.

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  2. Prato lascado é dose, hein?! Simbolicamente, representa muita coisa, e não mero desleixo. Quem tem paixão pela gastronomia e acredita no que serve não mantém louça quebrada em restaurante. Sim, concordo com você: o fundamental é a comida. Inclusive, muitas vezes a gente se sujeita ao mal atendimento porque a comida vale a pena. Acontece. Obrigado pelo elogio! Abraços.

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  3. Sem dúvida o Naka tem mta qualidade no seu cardápio mas o atendimento deixa a desejar. e por falar em atendimento, o Sushi Thai da exemplo... caro por caro ele é exponencialmente melhor em todos os quesitos.

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  4. Oi, Mateus.

    Apesar de a lotação da casa ter deixado o atendimento meio complicado quando estive lá, não posso dizer que tive dificuldades para fazer nenhuma pedido. Deu certo, apesar da confusão (o pessoal do atendimento fica meio desesperado). Faz um bom tempo que não vou ao Sushi Thai. Boa lembrança.

    Abraços.

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