sexta-feira, 17 de julho de 2009

Portugal - O pastel de Belém





Depois de me fartar no ótimo Solar dos Presuntos, segui para caminhada pelas ruas de Lisboa. Como o objetivo era aproveitar ao máximo o dia livre para experimentar sabores locais, quanto mais longo o roteiro, melhor. Afinal, era preciso fazer a digestão! Agradeci a sobremesa pensando em guardar apetite para o pastel de nata de Belém: a ida a Antiga Confeitaria de Belém (Rua de Belém, 90) é um programa clássico e obrigatório para o turista.

Saí do Rossio em direção ao boêmio Bairro Alto. Subi a bela rua Garrett (foto acima), que começa na frente dos Armazéns do Chiado (transformado em centro comercial), para conhecer o café A Brasileira, um dos mais famosos da cidade. Inaugurado em 1905, tem entre as mesas do calçadão uma estátua do Fernando Pessoa. A vitrine estava atraente, lotada de doces e pasteis de nata, mas eu sabia muito bem que deveria me poupar para Belém.





Desci a rua do Alecrim até a praça próxima ao Mercado da Ribeira. Havia lido sobre a variedade de peixes e frutos do mar de lá, mas dei de cara com as portas fechadas. Já passava de 14h. A visita acabou ficando para a manhã do último dia. O caminho até Belém é talvez longo demais para ser feito pé, motivo pelo qual peguei ali mesmo um ônibus que me deixou praticamente na porta da confeitaria.





A casa é enorme e o encadeamento dos seus vários ambientes tem um quê labiríntico. Vive cheia de gente, mas é tão grande e tem tantas mesas que não é preciso se preocupar. Sempre terá um lugar para sentar! Garçons circulam sem parar no leva e traz de pratinhos brancos pelos salões da confeitaria, aberta em 1837. Na entrada, prateleiras até o teto, abarrotadas de vinhos. As paredes são decoradas com lindos azulejos azuis e brancos com os mais variados motivos.




Já havia vistitado a casa em 2006, quando conheci Lisboa, mas asseguro que esse pastel de natas valeu a segunda visita. Base crocante, recheio cremoso e superfície curiosa, que parece queimada. Na primeira vez, comi com uma taça de porto. Era um começo de noite, em pleno inverno. Agora o acompanhamento foi água mesmo! Sou apaixonado por vinho do porto, mas não acho que cairia bem no meio de uma tarde com sol de rachar.





Uma pitada de açúcar e outra de canela são indispensáveis!


Bem perto da confeitaria está o bonito Padrão dos Descobrimentos, monumento de concreto com quase 60m de altura, erguido para comemorar os 500 anos da morte de Henrique, o Navegador.






E a alguns passos dali está a famosa Torre de Belém.






Ah, a água do rio Tejo é salgada!





2 comentários:

  1. O que mais me intriga é o céu azul. as estações por aqueles lados são bem definidas e isso faz um bem para a paisagem...

    outra: valeu pela cia ontem. apesar (da falta) do amargor, a mocofava estava estava boa! rs

    boas férias e grande abraço!

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  2. Divino, você precisava ter visto que beleza estava o Alentejo. Como a temporada é seca, a paisagem tinha praticamente todo tipo de tons de marrom, cáqui, cinza, amarelo-palha e verde pálido que você imaginar. Uma beleza!

    Sim, estava tudo ótimo! Principalmente as companhias! Marquemos outras!

    Forte abraço.

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